http://www.youtube.com/watch?v=Lb7rTiP6dnE
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011
André Leonno na Som Livre
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segunda-feira, 5 de abril de 2010
VOZ E VIOLÃO
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Especial Sertanejo
Geraldo Alves dos Santos, o Geno, nasceu em Pedra do Indaiá, interior mineiro; Gino, Sebastião Ribeiro de Almeida, nasceu em Itapecerica, também no interior de Minas Geraes. Aos 9 anos compôs sua primeira música 'Em Maio faz 4 anos'. Essa dupla faz sucesso há décadas e é considerada por muitos como um grande marco da música sertaneja.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
Ricthie de volta
"Outra Vez - Ao vivo no estúdio"
É o primeiro, lançamento, ao vivo do cantor e compositor Ritchie, celebrando 26 anos de carreira. O CD, DVD e Blu-ray - primeiro Blu-ray nacional de artista individual - traz hits com releituras, além de duas músicas inéditas - a canção título, "Outra Vez" fruto da primeira parceria com Arnaldo Antunes e "Cidade Tatuada" com letra de Fausto Nilo. Ritchie que sempre teve olhar voltado para o futuro, resolveu comemorar com retrospectiva ao vivo, conciliando com o lançamento da Edição Comemorativa de 25 Anos de "Voo de Coração", seu primeiro disco pela Sony Music.
Do disco de estréia, "Voo de Coração" de 1983, foi regravada "Menina Veneno", "Pelo Interfone", "Casanova", "Voo de Coração" e "A Vida tem Dessas Coisas". Do segundo disco, "E a Vida Continua", Ritchie detonou com "A Mulher Invisível" e "Só Pra o Vento". Do seu terceiro LP, "Circular", de 85, aparece "Nesse Avião". As baladas "Transas" e "Loucura e Mágica" são do disco homônimo de 87. "Lágrima Demais" pinçada do último disco de inéditas, "Auto-Fidelidade", de 2002. Para as releituras Ritchie regravou "Fala" - sua participação no disco tributo aos Secos e Molhados de 2003. Em "Shy Moon" cantada originalmente em dueto com Caetano Veloso, no seu disco "Velô" de 84, Ritchie criou novo arranjo. Outra regravação especial é "Mercy Street", de Peter Gabriel, onde Ritchie emprestou sua voz na época, para a trilha da mini-série da Rede Globo "O Sorriso do Lagarto".
O diretor de cinema, Paulo Henrique Fontenelle é responsável pelas imagens em alta-resolução (FullHD 1080p) e acrescentou aos extras, do DVD, o documentário, "A Vida Tem Dessas Coisas", contando a trajetória do artista desde criança até hoje. Há depoimentos de novos e antigos parceiros - Bernardo Vilhena, Lobão, Arnaldo Antunes, Lauro Salazar e Steve Hackett, entre outros. O "Making of", foi dirigido por Bernardo Mendonça sobre os bastidores da gravação. Outra novidade é a estréia do selo do artista, PopSongs que é responsável pela produção, em parceria com o Canal Brasil e Estúdios Visom Digital.
Richard David Court nasceu em 6 de março de 1952 no Beckenham, no condado de Kent, no Sul da Inglaterra. Morou em diversos países como Quênia, Dinamarca, Itália, Alemanha e Escócia, além de várias localidades da Inglaterra. Em 1972 conhece em Londres um grupo de brasileiros, alguns integrantes dos Mutantes, que o convencem a vir para o Brasil. Se fixa, a princípio, em São Paulo onde monta a banda Scaladácida. Com a dissolução da banda, no final de 1973, muda-se para o Rio de Janeiro com a mulher, a arquiteta e estilista carioca Leda Zuccarelli. No Rio de Janeiro passa a dar aulas de inglês para vários artistas. Participa de várias bandas como flautista e vocalista, exemplo de 'A Barca do Sol' durante dois anos, até começar a atuar como cantor no grupo Vímana. Em entrevista exclusiva em seu apartamento, no Rio de Janeiro, pudemos saber um pouco dessa história.
Reportagem e fotos por Elias Nogueira
Canções novas
"Outra Vez", minha primeira parceria com Arnaldo Antunes e "Cidade Tatuada", com letra de Fausto Nilo. Com Arnaldo foi uma delicia! Conhecia dos bastidores e sempre foi muito querido e gentil, sempre que posso vejo seus shows. Tinha feito uma música com notas espaças. Para fazer a letra tinha que ser uma pessoa de muita habilidade com as palavras! O Arnaldo é um malabarista das palavras e era isso que eu que ia. Ele foi perfeito para esta música. O Dadi (Carvalho) havia me falado que ele era muito ocupado e demorava muito a responder - até um ano. Mandei meses antes de fazer o disco e ele me respondeu em 24 horas. Foi combustão espontânea. O Fausto é urbanista arquiteto de Fortaleza e um tremendo letrista, vários já gravaram suas músicas. Ele veio aqui em casa, ficou olhando as pinturas de minha filha que faz umas intervenções urbanas. A conversa fluiu com a idéia do grafite moderno. Ninguém paga para ouvir música - a idéia foi essa, um paradigma.
Mercy Street
Era a canção de abertura do seriado 'Sorriso do Lagarto' que se transformou num pequeno sucesso e agrada ao público em geral. Peter Gabriel, autor da música, liberou para mim! Temos muitas identificações musicais até porque, somos britânicos. Na gravação da trilha do seriado da Globo a voz era a minha.
Projeto
Produzi junto com o Carlão (Carlos Andrade), o mesmo que produziu 'Voo do Coração" na Som Livre. Ele é um parceirão!
Ao vivo dentro do estúdio
Tínhamos uma noite para gravar e a estrutura logística estava amarrada. Um disco ao vivo teria um custos em torno de um milhão de reais e nós gastamos menos de cem mil. Sem o Carlão oferecendo o estúdio, sem o Canal Brasil dando visibilidade, estrutura e pagando a conta, nada teria acontecido.
Primeiro contato com músicos brasileiros em Londres
Este encontro foi muito casual e importante, foi o que fez com que eu viesse para o Brasil. No verão de 1972 - Liminha, Rita Lee e a Lúcia Turnbull estavam comprando um Melotron para o Arnaldo Baptista, em Londres. Nos encontramos por acaso. Nunca tinha ouvido falar deles, mal tinha ouvido falar do Brasil. Nomorei a Lucia, que levou a Rita e o Liminha para o estúdio onde eu estava gravando. Acabamos amigos e dessa loucura toda surgiu o convite para visitá-los no Brasil - convite de brasileiro "Quando você for ao Brasil pinta lá em casa". Eu tinha um dinheirinho guardado, presente de aniversário, comprei as passagens de ida e volta para o Brasil. Fiquei hospedado na casa de minha namorada, Lucinha. Quando cheguei ao Brasil pude ver que os Mutantes eram maiores do que imaginava, acabei virando fã deles. Eles me indicaram uma banda em São Paulo que acabou sendo batizada de Scaladácida. Cheguei a retornar para Londres e conheci minha atual mulher, que me convenceu a voltar para o Brasil, acreditando que meu futuro estava lá. Aquele encontro casual com os Mutantes mudou minha vida!
Soma e A Barca do Sol
- Participei das duas bandas. No Soma sei que teve uma gravação no MAM (Museu de Arte Moderna), num evento dos diretos humanos, aquele que o Chico Buarque subiu no palco e só o público cantou. Isso em 1973/74. Fiz poucos shows, mas este evento foi registrado em disco. Estava querendo me entrosar com a música brasileira. Sabia que tinha um grupo chamado A Barca do Sol e que estavam procurando um flautista. Fiquei na banda entre o primeiro e o segundo disco, nem cheguei a gravar, logo fui expulso do grupo. Na verdade eu não sou flautista de ler partitura. Queria ser cantor, mas como eu cantava mal em português, tive que me segurar com a flauta. Tomei aulas com Paulo Moura, mas nunca fui instrumentista virtuoso, sou cantor.
Vímana
- No mesmo período Lulu Santos e Luís Paulo tinham uma banda chamada Vímana junto com Fernando Gama e o Candinho, que estavam saindo do grupo brigados com o Lulu. O Luís Paulo e Lulu haviam assistido eu cantar no Scaladácida num show que abrimos para a volta de a Bolha, aqui no Rio. Fui convidado para o Vímana. Inicialmente eram sete ou oito músicas cantadas em inglês e algumas em português. O Lulu não cantava muito, ele se dedicava mais aos solos de guitarra. Era uma banda muito rococó, muito progressiva e de muito improviso. Quando integrei o grupo, o Lobão entrou logo depois e acabamos acompanhando Marília Pêra numa peça (Monólogo), onde éramos a banda de apoio. O Vímana acabou quando o Patrick Moraes "O anjo da morte" veio - foi como ele ficou conhecido. O Patrick bagunçou nossa estabilidade. O fato é que ele queria estar no Brasil, ensaiar com uma banda competente, que fizesse seu gênero. Acabou nos prometendo uma turnê pela Europa e tudo mais! O Lulu contestou muito, de outro lado eu achava uma oportunidade tocar com nosso ídolo e isso gerou briga. O Vímana acabou quando o Lulu saiu da banda e nós continuamos tocando com Patrick por mais um ano. Valeu como aprendizado, mas criou uma mágoa enorme no Lulu.
Antes do sucesso
Depois disso fui para Londres trabalhar com o Jim Capaldi, cheguei a fazer a co-produção do disco dele em 1980. Depois que o Trafic se desdez, Jim veio morar no Brasil, e casou-se com uma brasileira. Na época eu tinha um gravador de rolo que o irmão do Serginho Dias (Mutantes), o Cláudio Dias Baptista, tinha modificado para eu fazer um multi-track - que era uma novidade. Chegamos a fazer várias demos juntos. O Jim mostrou estas gravações em Londres e me mandaram as passagens. Fiquei lá quatro meses gravando o disco "Let the Thunder Cry" (1981).
Menina veneno
Sonhei e acordei com a música na minha mente. Gravei uma demo com o Liminha (em 82). Bernardo Vilhena já era meu parceiro desde os tempos do Vímana, era ele quem fazia as traduções do inglês para português das músicas. Liminha mostrou para o André Midani ou para alguém da Warner que não gostou. O Mayrton Bahia fez a mesma coisa na EMI. O Carlão mostrou para o pessoal da Som Livre. Gravamos no porão da Warner. O vocal de "Voo do coração" foi feito no banheiro, com o guitarrista Steve Hackett do Gênesis, Liminha no baixo - ninguém se interessou. Fernando Adour que produtor musical, arranjador que trabalha com monstros sagrados da música, foi ao estúdio ouviu e disse que a CBS, estava querendo um artista de rock e achou que o produto se encaixava. No dia seguinte Cláudio Conde da CBS me telefonou me convidando a ir na gravadora - fui contratado. Mesmo assim não foi de imediato, a reação inicial no Rio e SP foi negativa, eles achavam que a música era uma porcaria e não ia acontecer. Gravaram uma fita de rolo e mandaram para o Nordeste. Três dias depois, eu estava no escritório do Cláudio Conde quando um representante da grava dora em Recife telefonou e o Cláudio colocou a ligação em viva-voz para todos ouvirem. O cara estava desesperado pedindo um compacto porque estava uma loucura, a música era tocada quatorze vezes por dia em todas as rádios. Imprimiram uma capa para o compacto e chegou a vender 500 mil cópias em três semanas,
Roberto Carlos
Acontece que naquele ano o Roberto Carlos fez um disco aquém de suas expectativas, foi um dos primeiros discos dele que não chegou à marca de um milhão de cópias. Começaram a dizer que o Ritchie era o novo Roberto Carlos e era uma coisa muito incômoda, criou mal estar dentro da gravadora. Já no segundo disco perdi todo o apoio que tinha, ficou tudo mais difícil. Cheguei a fazer três discos, meu contrato era para quatro, mas o clima tinha ficado tão chato que não estavam trabalhando mais os meus lançamento. Pedi demissão e eles ficaram me devendo o quarto disco. Quinze dias depois eu estava em primeiro lugar com "Transas", na Polygram. O Tim Maia lançou este petardo dizendo que foi o Roberto Carlos que me derrubou, na revista Veja. Não acredio. Hoje, Roberto Carlos me chama para o camarim, me trata muito bem e até me beija! É uma pessoa que me trata com muita elegância e sempre me chama para tirar foto com ele. A Wanderléa uma vez me falou que o Roberto quase furava meu disco de tanto escutar. No período que eu fiquei na Polygram passaram três diretores. Veio o plano Collor, e o meu diretor artístico, Mariozinho Rocha, saiu e foi para TV Globo.
Erasmo Carlos
- Fiz uma música com ele "Onde que Eu Errei?"- saiu no disco "Auto Fidelidade". Foi uma honra
Tigres de Bengala
É um disco de músicos de primeira linha:Vinicius Cantuária, Dadi Carvalho, eu, Billi Forgheri, Cláudio Zoli e Mu Carvalho. O projeto foi muito audacioso e as nossas afinidades musicais não permitiam uma simbiose melhor, faltou cola. Cada um tinha suas vertentes musicais diferentes. Quando o disco ficou pronto era quase que exclusivamente de composições minhas e do Vinícius Cantuária. Éramos os mais dedicados no projeto, os demais deixavam de comparecer com freqüência aos ensaios. Era complicado arregimentar todos de uma só vez, uns participavam mais do que os outros. E quando chegávamos com as músicas prontas, os outros reclamavam que gostariam de ter participado mais do disco. Tínhamos um disco para fazer e alguém tinha que fazer as músicas, eles não compareceram. Enquanto que eu e o Vinícius nos encontrávamos diariamente e as músicas saiam naturalmente. Foi muita indiferença da gravadora - o disco foi remixado umas oito vezes, à revelia da banda. Quando ouvimos estava completamente diferente do que tínhamos feito. Eles gastaram uma fortuna para promover uma festa, que na deveria promover o disco. Usaram para fazer promoção da gravadora e não sobrou nada para poder levar o projeto adiante.
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Marcelo Crivela FALA
Com a agenda lotada de compromissos, entre uma reunião e outra, o Senador/Cantor/Compositor e Pastor Marcelo Crivela concede entrevista exclusiva ao jornalista Antonio Braga. Dentre outros assuntos, Crivela revela seus projetos como parlamentar, elogia o Presidente Lula e fala de sua carreira artística.
Existe um projeto seu sobre a Renovação das Concessões apenas para rádios adimplentes. Em que estágios está esse Projeto?
Está num estágio inicial e encontra resistência de alguns Senadores que são donos de emissoras de rádio e não querem pagar o Ecad. Seria importante que os artistas se mobilizassem para ajudar o projeto a andar. Segundo ouvi, 37% do Senado tem interesses diretos ou indiretos com rádios e esses acham que a cobrança dos direitos autorais é injusta. O político só consegue avançar nessas questões se tiver o apoio da classe interessada. Outras categorias mais politizadas, como a dos trabalhadores metalúrgicos, por exemplo, levam suas questões aos políticos e fazem pressão para que as coisas aconteçam. Os artistas são diferentes, são poetas, acham que as coisas vão se resolver como a chuva cai do céu ou como o sol nasce a cada manhã. Tem também aqueles artistas, já consagrados, que acham que vão bater de frente com emissoras de rádio e televisão e aí não vão mais tocar as músicas deles. O que deveria também acontecer é uma iniciativa de apoio ao projeto por parte das emissoras que pagam os direitos autorais, pois elas estão pagando pelas inadimplentes. Quanto maior o número de emissoras pagando menor fica o valor do ponto. Na época, apresentei o projeto ao Gilberto Gil, que era ministro, e poderia tornar esse projeto uma medida provisória, mas ele não o fez.
Carlos Colla e Michael Sullivan são seus parceiros mais constantes. Como começou a parceria com esses grandes autores?
O Sullivan... fomos vizinhos há muitos anos, no condomínio Santa Mônica (Barra da Tijuca). E, aí começou o contato. Depois gravei uma música dele chamada "Amor Maior" no CD que fiz pela Sony Music. A partir dali passamos a compor juntos. Mais tarde tive a oportunidade de ir com ele à Fazenda Nova Canaã onde passamos alguns dias e os nossos laços se estreitaram. Ele me ajudou muito a concluir esse projeto fazendo muitos shows por todo o Brasil. O Colla eu conheci mais tarde, através do Sullivan. Fizemos algumas parcerias, há uns 10 anos, quando estava gravando o CD 'Coração a Coração'. Foi uma afinidade muito grande, pois temos a mesma visão de Brasil.
Qual foi seu maior sucesso? Em que ano aconteceu? Quanto rendeu?
Eu não saberia dizer qual foi o maior sucesso. O CD que mais vendeu foi o 'Mensageiro da Solidariedade', na época que estávamos construindo a Fazenda Canaã - o primeiro pela Sony Music - que vendeu um milhão e meio de cópias. Antes dele também tive um CD que vendeu mais de um milhão de cópias, pela Line Records, 'Perfume Universal' e acho que essa é a música de maior sucesso, pois tem versões em várias partes do mundo.
O senhor já esteve entre os autores de maior rendimento junto ao Ecad, ficando atrás apenas de Roberto Carlos. Atribui esse sucesso ao crescimento da música gospel ?
Atribuo isso a imensa generosidade do público gospel que, evidentemente, cresce na mesma proporção que a qualidade da música gospel evolui.
Quantos discos o artista Marcelo Crivella já vendeu até hoje?
Mais de 10 milhões - contando aqui e na África. Na África ganhei um disco de ouro gravado pela EMI, em 1997/98.
Vamos entrar um pouco em política, já que o artista Marcelo Crivela também é Senador da República. Como o Senador está posicionado referente à pirataria?
Há um grande esforço no congresso para conter a pirataria, que não ajuda ninguém e prejudica os autores, os músicos, a indústria fonográfica e o governo. Quando alguém compra um produto pirata está prejudicando todo mundo e a si mesmo. Está admitindo um crime, e fazendo parte da marginalidade que cresce no país. Falta consciência coletiva. Isso aumenta a pobreza. O Governo Lula tem dado uma boa contribuição para abaixar a pirataria com o aumento de emprego. Na crise que nós tivemos do petróleo, na década de 70, aumentou em um milhão o número de pobres no Brasil. Na época da hiperinflação, do Presidente Sarney, aumentou em dois milhões. Na época da crise cambial, do Presidente Fernando Henrique Cardoso, aumentou em milhares o número de pobres. Com o Lula, mesmo com a crise financeira mundial acentuada, nós criamos empregos. No mês de setembro criamos 250 mil empregos com carteira assinada. O Governo Lula é campeão em geração de empregos. Diminui a pobreza, diminui a pirataria.
O Projeto Canaã, sustentado, inicialmente, pela venda de seu primeiro disco, hoje é modelo para quaisquer outros projetos que vise aproveitar terras do semi-árido nordestino. O governo, a partir do seu empreendimento, fez alguma coisa semelhante pelo nordeste? O que faltou, na sua opinião, para que outros 'Canaãs' acontecessem?
Eu conversei com duas pessoas importantes sobre a reforma agrária brasileira e sobre a Fazenda Canaã: uma foi o Presidente da República e o outro foi João Pedro Stédile (líder do MST). O Stédile ficou maravilhado. Hoje no Brasil existem seis mil assentamentos da reforma agrária, a maioria deles são favelas rurais, onde não têm assistência médica, não têm formação técnica, não têm apoio à produção. O Projeto Nordeste deu um exemplo para o país de que é possível fazer. Ali as casas são de qualidade, tem restaurante que serve a todos, as crianças estudam numa escola que nem no Rio de Janeiro existe uma escola pública semelhante. Tem transporte escolar. As crianças têm café da manhã, almoço, lanche à tarde e ainda levam para casa o pãozinho (um saquinho de pão). Todas têm uniforme, que é lavado e passado na lavanderia da escola (porque na casa delas não tem água); tratamento dentário; oftalmologistas; piscinas (uma delas olímpica); campo de futebol; brinquedoteca; aula de teatro; aula de computador enfim, elas têm acesso ao que há de melhor na educação: da pré-escola ao ensino fundamental. O Stédile me disse que não há em nenhum assentamento da reforma agrária uma escola como a nossa. Lula prometeu ir conhecer. Está devendo essa...
No coração, quem fala mais alto: Marcelo Crivela Senador, ou Marcelo Crivela Artista Gospel?
É o Pastor, que canta levando as pessoas ao encontro de Deus.
Como andam as obras do Projeto Morro da Providencia?
Muito bem! A idéia do Cimento Social é unir a cidade do Rio, que a exemplo de muitas outras no Brasil está dividida em duas, dentro de si mesma. Duas irmãs siamesas e monstruosas, que não vivem uma sem a outra. De um lado rica, do outro, abaixo da linha da pobreza. De um lado uma cidade formal e bonita e, nu-ma distância constrangedora, as favelas indignas, onde crianças crescem com o estigma de cidadãos de segunda, vivendo uma sub-vida, num sub-mundo de frustrações. Daí vem a violência, que faz de todos nós reféns e atrasa nosso desenvolvimento econômico, social e cultural. A idéia do Cimento Social é ajudar as famílias que residem nas favelas a terminarem suas casas com estabilidade estrutural e funcionalidade arquitetônica - dentro da realidade local. Tenho realizado obras no Morro da
Providência (primeira favela do Brasil) com recursos próprios, para estabelecer um exemplo viável para os governos estaduais e municipais do Brasil.
Marcelo Crivela por Marcelo Crivela.Um inconformado em ver que num país tão bonito e rico existe e persiste tanta miséria. Entrei para a política para construir um Brasil mais justo, um Brasil menos desigual. E isso começou com o governo do Presidente Lula e espero que continue com a Ministra Dilma.
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sábado, 23 de maio de 2009
20 anos sem Raul Seixas
Raul Seixas: Maluco Beleza
ou Doido Varrido?
Em agosto fará 20 anos que Raul ascendeu. Do final dos anos 60 ao final dos anos 80, Raul Seixas conquistou um elevado número de fãs, quase todos bichos-grilos, que embarcaram na sua música como se embarca numa religião. Até hoje, seus fãs pedem aos músicos da noite para tocarem músicas de Raul.
A obra é eterna, as frases são eternas, o cara é eterno. Salve Raul!!
aul Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945 - São Paulo, 21 de agosto de 1989).
Filho de Raul Varella Seixas e Maria Eugênia Seixas, nasceu e cresceu na cidade de Salvador, com seu irmão, quatro anos mais novo, Plínio Seixas.
A música no rádio daquela época era de Luiz Gonzaga, e nas viagens, quando acompanhava seu pai (inspetor de ferrovia), ouvia ‘repentes’. Tímido, o rapaz vivia lendo e compondo. Queria ser escritor, até o Rock n'Roll aparecer em sua vida. Encanta-se com Elvis Presley nas telas do cinema e resolve imitá-lo.
Com amigos, monta "Os Relâmpagos do Rock", banda cover que logo muda de nome: "The Panters", e depois, finalmente, "Raulzito e os Panteras". Chegaram a ser a banda de rock mais bem paga de Salvador. Acompanhavam artistas de nome que iam fazer shows na Bahia, entre eles: Roberto Carlos, Jerry Adriani e Wanderléia. Jerry Adriani o convida para ir ao Rio de Janeiro para gravar um disco pela gravadora Odeon, em 1967. O disco não foi bem e Raul voltou para Salvador. Casou e abandonou a música por algum tempo. Dois anos depois conseguiu emprego de produtor na CBS (hoje, Sony Music), onde trabalhou com artistas como o Trio Ternura, Renato & Seus Blue Caps, Leno, Jerry Adri-ani, Sérgio Sam-paio, Diana, entre outros. Também compõe mais de 80 músicas para a Jovem Guarda, alguns hits, como: 'Doce, Doce, Doce Amor', 'Sha-la-la-la', 'Tudo que é bom dura pouco', 'Ainda queima a esperança', entre outras.
Escondido do presidente da companhia, Evandro Ribeiro, grava seu segundo LP (Sociedade da Grã-Ordem Kavernista: Apresenta Sessão das 10), em que faz parceria com Sérgio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star. Raul foi expulso da empresa em julho de 1971 e o disco retirado do mercado.
No ano de 1972 participou do VII FIC (Festival Internacional da Canção), promovido pela Rede Globo, e conseguiu a classificação de duas músicas, "Let me sing" (um misto de baião e rockabilly), onde imitava Elvis, e "Eu Sou Eu, Nicuri é o Diabo".
Em 1973, Raul estourou com o compacto "Ouro de Tolo". Contratado pela Philips (atual Universal Music), lança o LP Krig-Ha, Bandolo, contendo faixas como: Metamorfose Ambulante, Mosca na Sopa, Ouro de Tolo, Al Capone, dentre outras. Sucesso nacional. A história desse Lp é no mínimo curiosa. Depois de Raul ler na revista '2001' uma matéria sobre discos voadores, convidou o editor do periódico para um bate papo onde acabaram por trocar figurinhas, mostrando músicas e letras. Ali nascia a parceria de Raul com o editor Paulo Coelho. Paulo também levou Raul para conhecer uma sociedade secreta, a 'Argentum Astrum', AA. Organização filosófica anti-religiosa e cheia de rituais, baseada nos ensinamentos do bruxo inglês Aleister Crowley (1875 - 1947). Em sua época, Aleister foi marginalizado e chamado de "o homem mais perverso do mundo" - a "Besta 666". Seu trabalho consistia em revelar segredos de livros mágicos e propor uma nova ordem social. Sua obra central chamava-se O Livro da Lei. O disco 'Krig-Ha, Bandolo' foi baseado nessa experiência que influenciaria Raul pelo resto da vida. Trechos do livro foram praticamente copiados e/ou adaptados em algumas letras de Raul/Paulo como: 'Sociedade Alternativa' e "Liber Oz" (gravada 14 anos depois, com o nome de "A Lei"). Era demais para aquela época. Em 1974, após divulgar a Sociedade Alternativa nas suas apresentações, acabou sendo preso e torturado pelo DOPS, exilando-se nos Estados Unidos. Os fãs o consideravam um guru e até lhe atribuíam curas etc. Raul e Paulo planejaram montar uma cidade. Loucura? idealismo?
Novo compacto estoura nas rádios: "Gita" (letra inspirada no Bhagavad-Gita , a mais popular das escrituras sagradas da Índia) em julho de 1974. ‘Gita’ vendeu 600.000 cópias, primeiro disco de ouro e o roqueiro teve que retornar ao Brasil. Neste ano separa-se de sua primeira mulher, Edith Wisner, com quem teve uma filha, Simone.
Em 1975, casa-se com Gloria Vaquer, e grava o LP "Novo Aeon", onde Raul compôs outro grande sucesso 'Tente Outra Vez'. No ano seguinte lança o disco "Há Dez Mil Anos Atrás", recheado de clássicos. Nasce Scarlet, sua segunda filha.
Em 1977, Cláudio Roberto sobrevivia dando aulas de inglês e vendendo mocassins nas feiras hippies da cidade, quando Raul o convidou para comporem juntos. Cláudio e Raul passaram três meses trabalhando no novo repertório. O Lp 'O Dia em que a Terra Parou' foi lançado com todas as regalias que um artista poderia querer, contendo faixas como: "Maluco Beleza", "O Dia em que a Terra Parou", "Rock das Aranhas", "Aluga-se" etc.
Devido ao grande consumo de álcool Raul perdeu 1/3 do pâncreas. Glória vai embora para os EUA levando Scarlet. Conhece Tania Menna Barreto, com quem passa a viver. Um ano depois, em 1979, separa-se de Tania. Casa-se com Angela Affonso Costa, a Kika Seixas, sua quarta companheira. Em 1980, assina contrato com a CBS, onde lançou apenas um álbum (Abre-te Sésamo). Em 1981 nasce a terceira filha, Vivian, fruto de seu casamento com Kika. Lança 'Raul Seixas', em 1983, e, 'Metrô linha 743', em 1984 e o livro As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor. Separa-se de Kika Seixas, em 85. Faz um show, em 1° de dezembro deste ano, no Estádio Lauro Gomes, na cidade de São Caetano do Sul. Só voltaria a pisar no palco outra vez no ano de 1988, ao lado de Marcelo Nova.
Grava pela Copacabana, o disco 'UAH-BAP-LU-BAP-LA-BEIN-BUM', em 1987, Casa-se com Lena Coutinho. Nesse ano faz participação no Lp "Duplo Sentido" do Camisa de Vênus, de Marcelo Nova.
Um ano mais tarde, separado de Lena, faz seu último álbum solo (A Pedra do Gênesis). A convite de Marcelo Nova, faz alguns shows em Salvador, após três anos sem pisar num palco.
No ano de 1989, faz turnê com Marcelo Nova - mais de 50 apresentações pelo Brasil e com ele grava o disco ‘A Panela do Diabo’, lançado um dia após sua morte. Raul faleceu no dia 21 de agosto de 1989, aos 44 anos vítima de parada cardíaca.
O LP A Panela do Diabo vendeu 150.000 cópias - disco de ouro póstumo.
Depois de sua morte foram produzidos vários álbuns póstumos, como O Baú do Raul (1992), Metamorfose Ambulante (1993), Documento (1998), Anarkilópolis (2003) e Raul Seixas - Série BIS Duplo (2005). Kika Seixas, produziu o livro: O Baú do Raul, baseado em escritos dos diários de Raul desde os 6 anos de idade até a sua morte.
Momento marcante
Depois de passar algum tempo sem gravar, Raul foi chamado por Augusto César Vanucci para estrelar um especial infantil da TV Globo chamado Plunct Plact Zum, interpretando o personagem Carimbador Maluco. Animado, compôs um tema infantil, inspirado na filha Vivian, de 2 anos. O sucesso da inocente canção rendeu mais um disco de ouro. Raul, vestido de Carimbador Maluco, cantou no estádio do Maracanã, na festa de chegada do Papai Noel, ao lado da Turma do Balão Mágico e dos Trapalhões.
"Ninguém morre,
as pessoas despertam
do sonho da vida."
Raul Seixas
Discografia
1968 - Raulzito e os Panteras
1971 - Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 (com Sérgio Sampaio, Míriam Batucada e Edy Star)
1973 - Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock
1973 - Krig-Ha, Bandolo!
1974 - O Rebu (Trilha sonora original - Raul Seixas & Paulo Coelho)
1974 - Gita
1975 - 20 Anos de Rock (Reedição de Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock)
1975 - Novo Aeon
1976 - Há Dez Mil Anos Atrás
1977 - Raul Rock Seixas
1978 - O Dia Em Que a Terra Parou
1979 - Mata Virgem
1979 - Por Quem Os Sinos Dobram
1980 - Abre-Te Sésamo
1983 - Raul Seixas
1984 - Metrô Linha 743
1985 - Let Me Sing My Rock And Roll (Coletânea lançada somente em LP)(reeditado como "Caroço de Manga" em LP e CD)
1986 - Raul Rock Volume 2
1987 - Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!
1988 - A Pedra do Gênesis
1989 - A Panela do Diabo (com Marcelo Nova)
Álbuns póstumos
1991 - As Profecias
1992 - O Baú do Raul (Raridades)
1993 - Metamorfose Ambulante (Coletânea)
1998 - Documento
2002 - Anarkilópolis
2004 - Raul Seixas - Série BIS Duplo
Álbuns ao vivo
1984 - Ao Vivo - Único e Exclusivo
1991 - Eu, Raul Seixas (Show na Praia do Gonzaga, Santos, 1982)
1993 - Raul Vivo (Reedição de Ao Vivo - Único e Exclusivo com faixas extras)
1994 - Se o Rádio Não Toca (Show em Brasília, 1974)
Caixas
1995 - Série Grandes Nomes: Raul (Caixa com 4 CDs e livreto ilustrado)
2002 - Maluco Beleza (Caixa com 6 CDs e livro ilustrado).
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